O autismo tem, cada vez mais, ganhado a mídia e a atenção de pesquisadores e da população em geral. Apesar do Brasil estar atrasado, se comparado a outros países como os Estados Unidos, por exemplo, não podemos fechar os olhos para os grandes avanços que temos alcançado. Sim, ainda são pucos, mas já existem.
Algumas universidades têm promovido estudos nas mais diversas áreas, tais como fonoaudiológica, comportamental, psicológica, psiquiátrica, genética etc.
Há poucos anos, as informações presentes na Internet eram, em sua maioridade, de outros países. Não havia quase nada em português brasileiro ou, ao menos, as informações eram vagas e de pouca ajuda para quem estava desesperado em busca de uma resposta.
Mas o trabalho de formiguinha de vários pais foram fazendo a diferença com o passar dos anos. Vários blogs, sites, bibliografias em geral, palestras e caminhadas são alguns dos exemplos de ações de pais que resolveram trabalhar em prol de seus filhos e de dividir suas experiências com outros que se viam em uma situação assustadora. Onde estavam as respostas para "O que há com meu filho(a)?"?
Agora, estamos na era da INCLUSÃO. O que no passado era o sonho para alguns e o pesadelo de outros tornou-se um assunto delicado que permeia discussões mais aquecidas nas redes sociais e traz à tona uma discussão que parece sem fim. Afinal de contas:
* A inclusão para o autista é possível?
* Quão necessária é a inclusão?
* Quais os benefícios/malefícios tanto para a criança, quanto para a escola?
* A escola está preparada para receber um aluno e incluí-lo com dignidade?
* A família está preparada para os desafios?
* Os alunos neurotípicos estão preparados?
Primeiramente, temos que partir do pressuposto puro e simples: SOMOS TODOS DIFERENTES, logo, o que servir para um autista poderá não servir para outro. A inclusão não deve ser imposta à família ou à criança, pois o bem-estar da criança deve vir em primeiro lugar.
Este blog não tem a intensão de colocar-se contra ou favor da inclusão, mas de colocar-se como um meio de comunicação entre aqueles que acreditam e aqueles que estão com a mente aberta para entender e tentar o que for POSSÍVEL para a inclusão, respeitando as diferenças e opiniões. Traremos, também, ideias e apresentaremos testemunhos daqueles que trabalham e daqueles que vivem a inclusão diariamente.
Inclusão é uma possibilidade, não uma obrigação! NÃO EXISTE LEI QUE OBRIGUE OS PAIS A INCLUÍREM SEUS FILHOS, existe lei que sustenta a inclusão, porém, ainda não temos o suporte necessário do governo e de várias escolas particulares. Os pais têm a possibilidade de matricular seus filhos em uma escola especial (caso eles encontrem) ou de matriculá-los em uma escola regular de ensino. Caso optem pela escola regular, os responsáveis pela criança devem ter a certeza de que este novo aluno está sendo tratado com dignidade e respeito a seus limites, sendo trabalhado suas habilidades dentro de sua capacidade com todo o suporte necessário.
A lei que assegura o direito dos autistas, a "Lei Berenice Piana", está em vigor desde 27/12/2012 (leia a lei na íntegra: http://meufilhoeraautista.blogspot.com.br/2012/12/lei-que-protege-os-direitos-dos.html)
O direito à educação e a um tratamento digno também são tratados no Estatuto da criança e do Adolescente, pela Declaração de Salamanca e pela Constituição.
Sejam bem vindos
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